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Tecnologia
O uso de um tablet ou celular para atividades com crianças com SXF e autismo podem ser ferramentas muito úteis para a realização de atividades de aprendizado. Como não precisam de teclado, é muito mais fácil para as crianças apenas arrastarem com os dedos ou tocarem diretamente nas figuras. São tarefas simples que podem ser assimiladas rapidamente.
A tecnologia vem se destacando como essencial na educação das crianças. A quantidade de vídeos e jogos disponibilizados de forma lúdica, fazem com que o interesse seja despertado e o aprendizado se torne mais divertido.
Quando se fala de uma criança com deficiência intelectual, a tecnologia se torna uma aliada muito maior, ampliando as possibilidades das atividades realizadas pelos professores em sala de aula. Novos estudos têm mostrado que os recursos tecnológicos são possibilidades para captar a atenção e motivar os alunos, inclusive os autistas.
Enquanto as deficiências intelectuais, segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, são “déficits em capacidades mentais genéricas, como raciocínio, solução de problemas, planejamento, pensamento abstrato, juízo, aprendizagem acadêmica e aprendizagem pela experiência”.
Uma pessoa autista pode ser, também, deficiente intelectual, mas não são as mesmas coisas. Existem autistas que não são deficientes intelectuais e vice-versa.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA), uma disfunção neurobiológica presente desde o nascimento do indivíduo, é caracterizado principalmente pelo comprometimento do desenvolvimento em relação a habilidades de comunicação e interação social. Por isso, as crianças com autismo não conseguem interagir adequadamente com seus colegas e professores no ambiente escolar.
A comunicação pode ser uma dificuldade em vários tipos de transtornos de aprendizagem ou deficiências intelectuais. Nesse sentido, nada melhor do que usar os estímulos visuais e sonoros em tablets ou celulares para comunicar algum ensinamento. A tecnologia, nesse caso, vai funcionar como uma tradutora ou, ainda, uma ponte para o aprendizado. A tecnologia integra a cultura das crianças e não se pode excluí-la do ambiente educacional.
No Brasil há exemplos de usos bem-sucedidos da tecnologia para ensino de crianças com deficiências intelectuais e transtornos de aprendizagem e que podem ajudar nessa busca, entre eles o Projeto Participar da Universidade de Brasília que disponibiliza gratuitamente uma série de softwares que auxiliam a aprendizagem de crianças autistas e com deficiência intelectual; o Prancha de Comunicação da Universidade Federal de Blumenau (FURB) que trabalha com a realidade aumentada e o Teclado Acessível, da Startup Geraes Tecnologia Assistida que desenvolveu uma solução que dá acesso à educação a pessoas com deficiências. O nome da tecnologia é TiX e se trata de um teclado acessível a estudantes com diferentes tipos de deficiências ou limitações motoras. A solução substitui o teclado e o mouse do computador com nove teclas combinadas e que são orientadas por símbolos e cores.
Os familiares de crianças com deficiências intelectuais precisam ter em mente que o aprendizado em sala de aula por meio de tecnologia pode ser transferido para o ambiente real, com isso, facilitando a convivência social e melhorando a qualidade de vida.